Your Custom Text Here
“Doze esquinas de subúrbio e uma dúzia de quiosques de praia” ou vice-versa é, desde o próprio título, uma referência direta aos livros e ao modus operandi de Ed Ruscha, mas também da fotografia de tipologia arquitetônica de Bernd e Hilla Becher acrescida de uma dose extra de senso de humor ao estabelecer um contraponto entre paisagens bem distintas de dois países que dialogam a partir de elementos comuns ou outros mais inusitados.
O trabalho é uma nova parceria com o fotógrafo inglês Wes Foster, que escolheu fotografar sistematicamente em seu caminho para o trabalho, as esquinas de Hull (subúrbio próximo à cidade de Manchester, onde vive) repletas de casas de arquitetura típicas do estilo vitoriano, algumas delas geminadas e que são apresentadas de maneira peculiar por meio de seu conjunto. Ao partir de uma monotonia da paisagem, Wes questiona valores e padrões de vida daquela sociedade de maneira algo irônica, bem ao estilo de uma tradicional comédia inglesa.
Já o meu “tema de obsessão” teria que ser algo que gerasse um contraste à série que Wes estava desenvolvendo, com suas fotografias de esquinas típicas de subúrbio. Foi dessa forma que decidi ir em busca de quiosques da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, captando todos eles de maneira frontal, no intuito de criar uma espécie de catalogação de uma arquitetura típica de elementos pitorescos que beirassem o kitsch.
A montagem do trabalho na exposição, com a apresentação de cada imagem, lado a lado, alternando o ambiente de cada local teve a intenção de enfatizar essas diferenças de aspecto cultural, mas também de criar uma espécie de jogo, em que a vista buscasse formar possíveis combinações entre pares de fotos similares.
Dessa forma, os trabalhos “casaram” gerando uma dinâmica própria por meio de uma relação formal entre imagens distintas, mas que surgiu a partir da informalidade advinda de elementos do cotidiano de ambos. O trabalho não se apresenta como publicação, mas, pelo formato de suas impressões, lida com o caráter sequencial da leitura gerada por uma narrativa inerente a esse suporte.
————
“Twelve suburb corners and a dozen beach kiosks” or vice versa is, from the title itself, a direct reference to Ed Ruscha's books and modus operandi, but also to Bernd and Hilla Becher's architectural typology photography with an extra dose of sense of humor in establishing a contrast between very distinct landscapes of two countries that dialogue from common or other unusual elements.
The work is a new partnership with English photographer Wes Foster, who has chosen to systematically photograph on his way to work, the corners of Hull (a suburb near Manchester where he lives) filled with typical Victorian-style architectural houses, some of them twinned and which are presented in a peculiar way through their whole. Starting from a monotony of the landscape, Wes questions that society's values and standards of living in a somewhat ironic manner, much like a traditional English comedy.
My "obsession theme" would have to be something that would contrast the series Wes was developing with his photographs of typical suburban corners. This is how I decided to go looking for kiosks on Barra da Tijuca beach, in Rio de Janeiro, capturing them all from the front, in order to create a kind of cataloging of a typical architecture of picturesque elements that bordered on kitsch.
The assembly of the work in the exhibition, with the presentation of each image, side by side, alternating the environment of each place, was intended to emphasize these differences of cultural aspect, but also to create a kind of game in which the view sought to form possible combinations between pairs of similar photos.
Thus, the works "married" generating their own dynamics through a formal relationship between different images, but which emerged from the informality arising from elements of daily life of both. The work is not presented as a publication, but, by the format of its impressions, deals with the sequential character of the reading generated by a narrative inherent to this support.
————
Trabalho apresentado no espaço Despina | Work presented at the Despina space, Rio de Janeiro, 2017 | Curadoria | curated by Raphael Fonseca e Ludimila Fonseca
Rafael Adorján, 2017
+
“Doze esquinas de subúrbio e uma dúzia de quiosques de praia” ou vice-versa é, desde o próprio título, uma referência direta aos livros e ao modus operandi de Ed Ruscha, mas também da fotografia de tipologia arquitetônica de Bernd e Hilla Becher acrescida de uma dose extra de senso de humor ao estabelecer um contraponto entre paisagens bem distintas de dois países que dialogam a partir de elementos comuns ou outros mais inusitados.
O trabalho é uma nova parceria com o fotógrafo inglês Wes Foster, que escolheu fotografar sistematicamente em seu caminho para o trabalho, as esquinas de Hull (subúrbio próximo à cidade de Manchester, onde vive) repletas de casas de arquitetura típicas do estilo vitoriano, algumas delas geminadas e que são apresentadas de maneira peculiar por meio de seu conjunto. Ao partir de uma monotonia da paisagem, Wes questiona valores e padrões de vida daquela sociedade de maneira algo irônica, bem ao estilo de uma tradicional comédia inglesa.
Já o meu “tema de obsessão” teria que ser algo que gerasse um contraste à série que Wes estava desenvolvendo, com suas fotografias de esquinas típicas de subúrbio. Foi dessa forma que decidi ir em busca de quiosques da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, captando todos eles de maneira frontal, no intuito de criar uma espécie de catalogação de uma arquitetura típica de elementos pitorescos que beirassem o kitsch.
A montagem do trabalho na exposição, com a apresentação de cada imagem, lado a lado, alternando o ambiente de cada local teve a intenção de enfatizar essas diferenças de aspecto cultural, mas também de criar uma espécie de jogo, em que a vista buscasse formar possíveis combinações entre pares de fotos similares.
Dessa forma, os trabalhos “casaram” gerando uma dinâmica própria por meio de uma relação formal entre imagens distintas, mas que surgiu a partir da informalidade advinda de elementos do cotidiano de ambos. O trabalho não se apresenta como publicação, mas, pelo formato de suas impressões, lida com o caráter sequencial da leitura gerada por uma narrativa inerente a esse suporte.
————
“Twelve suburb corners and a dozen beach kiosks” or vice versa is, from the title itself, a direct reference to Ed Ruscha's books and modus operandi, but also to Bernd and Hilla Becher's architectural typology photography with an extra dose of sense of humor in establishing a contrast between very distinct landscapes of two countries that dialogue from common or other unusual elements.
The work is a new partnership with English photographer Wes Foster, who has chosen to systematically photograph on his way to work, the corners of Hull (a suburb near Manchester where he lives) filled with typical Victorian-style architectural houses, some of them twinned and which are presented in a peculiar way through their whole. Starting from a monotony of the landscape, Wes questions that society's values and standards of living in a somewhat ironic manner, much like a traditional English comedy.
My "obsession theme" would have to be something that would contrast the series Wes was developing with his photographs of typical suburban corners. This is how I decided to go looking for kiosks on Barra da Tijuca beach, in Rio de Janeiro, capturing them all from the front, in order to create a kind of cataloging of a typical architecture of picturesque elements that bordered on kitsch.
The assembly of the work in the exhibition, with the presentation of each image, side by side, alternating the environment of each place, was intended to emphasize these differences of cultural aspect, but also to create a kind of game in which the view sought to form possible combinations between pairs of similar photos.
Thus, the works "married" generating their own dynamics through a formal relationship between different images, but which emerged from the informality arising from elements of daily life of both. The work is not presented as a publication, but, by the format of its impressions, deals with the sequential character of the reading generated by a narrative inherent to this support.
————
Trabalho apresentado no espaço Despina | Work presented at the Despina space, Rio de Janeiro, 2017 | Curadoria | curated by Raphael Fonseca e Ludimila Fonseca
Rafael Adorján, 2017
+